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domingo, 31 de agosto de 2025

O Fluxo Mediúnico

Alguns especialistas acreditam que recebemos impressões mediúnicas continuamente durante o dia, mesmo que essas mensagens jamais entrem em nosso consciente. Essa idéia era simplesmente uma teoria, até os anos 60, quando E. Douglas Dean, um engenheiro eletricista de Nova Jersey, decidiu demonstrá-la.
Partindo de algumas pesquisas realizadas anteriormente na Tchecoslováquia, Dean usou duas pessoas para seus experimentos. O primeiro sujeito, o "receptor", foi colocado sozinho em uma sala, os dedos presos a um aparelho para medir o fluxo sangüíneo no corpo. Enquanto isso, em uma outra sala, o "emissor" começou a trabalhar. Ele - ou ela - estudava uma série da cartões em branco ou então com um nome escolhido a esmo. Em geral, um nome significativo para o emissor ou para o receptor. Dean esperava que, quando o emissor ficasse estimulado ao deparar com um nome emocionalmente significativo, o receptor também reagiria. Tal reação seria demonstrada no gráfico do aparelho, que indicaria um aumento nas pulsações.
A experiência foi bem-sucedida, mas não da forma esperada. O que aconteceu foi que o fluxo sangüíneo do receptor reagiu quando o emissor olhou para nomes significativos para seu companheiro de experimento. Parecia que o subconsciente do sujeito estava constantemente vigilante durante o teste, à procura de quaisquer mensagens que pudessem ser importantes. Embora os sujeitos não estivessem cientes de quando os sinais de PES eram recebidos, seus corpos sutilmente reagiam a eles.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Visão Mediúnica

Quando uma dona de casa em Watts, bairro de moradores predominantemente negros de Los Angeles, teve a visão de que havia um corpo enterrado em seu quintal, o investigador de casos de mortes suspeitas interessou-se por obter maiores detalhes.
A história começou em 17 de julho de 1986, quando a mulher relatou para a polícia a visão do cadáver. Tinha ela visões mediúnicas havia algum tempo, e finalmente decidira tomar providências. A dona de casa e uma amiga começaram a cavar, e logo descobriram parte de um crânio humano e fragmentos de ossos. Essas descobertas foram de tal forma estimulantes que o Departamento de Polícia de Los Angeles e o Esquadrão de Busca continuaram as escavações e encontraram mais coisas.
De onde vieram os ossos? As autoridades policiais ainda não sabem ao certo. Tomando por base restos mortais fragmentados e espalhados, não é possível determinar o sexo ou a causa da morte da pessoa enterrada, nem há quanto tempo os ossos jaziam ali. A dra. Judy Suchy, antropóloga forense que trabalha com o investigador, está encarregada de realizar experiências com os fragmentos, na esperança de encontrar resposta para essa pergunta.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

O Canguru Assassino

- Foi tão rápido quanto o relâmpago e parecia ser um gigantesco canguru correndo e saltando pelo campo - disse o reverendo W. J. Hancock.

Frank Cobb, que também assistiu à cena, declarou que o monstro não se parecia com nada que já tivesse visto, embora, de certa forma, se parecesse com um canguru.
Os cangurus, nativos da Austrália, são animais herbívoros, tímidos e inofensivos. Ao contrário do canguru, o bicho era um verdadeiro assassino. Em janeiro de 1934, a criatura vivia aterrorizando a pequena comunidade de Hamburg, Tennessee, e já matara e devorara vários cães pastores alemães.
Quando o monstro visitou a fazenda de Henry Ashmore, no dia 12 de janeiro, deixou cinco pegadas do tamanho da mão de um homem de grande estatura. Will Patten viu a coisa e conseguiu afugentá-la. No dia seguinte, encontrou um cachorro devorado em seu quintal.
A criatura também matava gansos e galinhas. Quando patrulhas armadas partiram em seu encalço, estabeleceu-se o pânico. A. B. Russell, chefe de polícia da cidade de South Pittsburg, naquele mesmo Estado, tentou pôr fim à histeria, chamando-a de "superstição desencadeada por um cachorro louco". Mas aqueles que haviam visto o monstro não lhe deram ouvidos. Disseram que o bicho era imenso, pesava pelo menos uns 300 quilos e era incrivelmente ágil, capaz de pular cercas e outros obstáculos com a maior facilidade. Ele aparecia entre South Pittsburg e Signal Mountain, o que significava que, para ir de uma cidade a outra, o canguru precisava atravessar duas cadeias de montanhas e nadar dois rios.
Finalmente, um lince foi morto por caçadores em Signal Mountain no dia 29 de janeiro, treze dias após a última aparição da criatura. As autoridades e os jornais declararam que o mistério fora solucionado, porém testemunhas rejeitaram tal explicação. Elas insistiram que o que tinham visto era um grande animal, semelhante a um canguru. O monstro nunca mais tornou a aparecer, e jamais chegou a ser satisfatoriamente identificado ou explicado.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Arqueoloqia Mediúnica

Jeffrey Goodman iniciou carreira como executivo de pequena companhia petrolífera em Tucson, Arizona. Formado em administração de empresas, ele não se mostrava particularmente inclinado a vôos altos. É por isso que pode causar surpresa encontrá-lo, nos dias de hoje, intercedendo a favor do novo campo de arqueologia mediúnica, em que médiuns talentosos auxiliam a encontrar áreas de escavação promissoras.
A odisséia mediúnica de Goodman começou em 1971, quando ficou sabendo que os antropólogos convencionais acreditavam que a humanidade surgira no continente americano há 16 mil anos. Goodman achou que essa data era muito recente. Na realidade, ele tinha absoluta certeza de poder encontrar provas de civilização anterior em seu próprio Estado, desde que soubesse onde procurar. Assim, para levar adiante sua intuição, conversou com Aron Abrahamsen, conhecido médium do Oregon. Sem sair de casa, o médium forneceu diversas descrições de clarividência, que ajudaram Goodman a localizar um leito seco de rio em San Francisco Piaks, além de Flagstaff. Era um local improvável para se procurar uma civilização perdida, pois os cientistas jamais haviam encontrado algum sítio arqueológico ali. Mas Goodman não só ignorou pura e simplesmente esse fato inconveniente, como também pediu ao médium que previsse as formações geológicas que seriam encontradas durante as escavações.
Cavando no local indicado pelo médium, Goodman descobriu objetos de artesanato que teriam sido feitos há, pelo menos, 20 mil anos. O que chega a ser ainda mais surpreendente é que 75 por cento das previsões geológicas de Abrahamsen estavam completamente corretas, não obstante dois geólogos locais terem ridicularizado as palavras dele. O médium do Oregon previu, por exemplo, que os cientistas localizariam camadas de 100 mil anos de idade a uma profundidade de apenas 8 metros. E foi justamente o que eles encontraram.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 23 de agosto de 2025

A História de Três Titãs

O maior desastre marítimo de todos os tempos aconteceu com o Titanic, da White Star Line, o mais importante transatlântico já construído e que teve terrível destino. A tragédia desse navio só pode ser comparada com a do Titan, luxuoso transatlântico fictício, que também afundou com elevado número de passageiros em abril de 1898, catorze anos antes da colisão do Titanic com um iceberg que o mandou para a sepultura marítima, também em uma noite de abril.
O Titan navegou apenas nas páginas do romance de Morgan Robertson, adequadamente denominado Futility (Futilidade). Mas os paralelos entre os dois gigantescos navios de turismo desafiam a imaginação. O profético Titan, do romance de Robertson, partiu de Southampton, Inglaterra, em sua viagem inaugural, exatamente como o "insubmergível" Titanic. Ambos os navios eram mais ou menos do mesmo tamanho - 243 metros e 252 metros de comprimento - e tinham capacidade de carga comparável - 70 mil e 66 mil toneladas, respectivamente. Cada um tinha três hélices e capacidade para 3 mil pessoas.
Lotados de milionários, os dois navios colidiram com um iceberg no mesmo local e afundaram. Em ambos, o número de mortos foi terrivelmente elevado, porque nenhum deles dispunha de quantidade suficiente de barcos salva-vidas. No caso do Titanic, 1 513 passageiros morreram, a maioria devido à exposição ao frio do sul da Terra Nova, no Atlântico.
Um dos que morreram a bordo do Titanic foi o famoso espiritualista e jornalista W. T. Stead, autor de um conto que previa acontecimento similar em 1892. Contudo, nem Futility nem o conto de Stead puderam salvar o Titanic da colisão fatal.
No entanto, outra premonição evitou uma tragédia. Em abril de 1935, o marujo William Reeves estava cumprindo turno de vigia na proa do Titanian, navio sem linha estabelecida, que aportava e pegava cargas em qualquer porto, seguindo para o Canadá, proveniente da Inglaterra. As similaridades e as lembranças da tragédia do Titanic vieram à mente do jovem Reeves, e ele sentiu um arrepio na espinha. A proa do navio estava cortando as mesmas águas tranqüilas já percorridas pelo Titanic. Com a aproximação da meia-noite, hora do desastre do grande transatlântico, Reeves lembrou que o dia em que o gigantesco navio afundara - 14 de abril de 1912 - correspondia à data de seu aniversário.
Impressionado com tantas coincidências, Reeves transmitiu uma ordem, e o Titanian teve o curso interrompido, parando pouco antes de chocar com um iceberg que apareceu indistintamente. Pouco depois, outras montanhas de cristal surgiram no meio da noite. O Titanian permaneceu imóvel, mas em segurança, durante nove dias, até que barcos quebra-gelos da Terra Nova finalmente abriram caminho.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Plantas Alucinógenas

Viajantes da Amazônia relataram que os nativos da região entram, algumas vezes, em transes mediúnicos quando ingerem o sumo destilado de certas plantas.
O dr. William McGovern era assistente do administrador de etnografia sul-americana, no Field Museum of Natural History, quando fez suas pesquisas nos anos 20. Ele estava estudando os povoados nativos do rio Amazonas, onde observou os índios preparando uma bebida psicodélica, feita com base em agente químico alucinógeno chamado "harmaline", encontrado na planta trepadeira Banisteriopsis caapi.
- Alguns daqueles índios - conta ele - caíram em um estado de transe particularmente profundo, durante o qual demonstravam adquirir poderes telepáticos. Dois ou três dos homens descreveram o que estava acontecendo em malocas localizadas a centenas de quilômetros de distância, muitas das quais eles jamais haviam visitado, e cujos moradores eles não conheciam, mas cujas descrições pareciam combinar exatamente com o que eu sabia sobre os lugares e as pessoas envolvidas. Mais extraordinário ainda é que, naquela noite em particular, o feiticeiro da tribo local informou-me que o cacique de certa tribo, assentada em região distante chamada de Pirapanema, morrera. Anotei essa declaração em meu diário e, semanas mais tarde, quando chegamos à tribo em questão, descobri que as afirmações do feiticeiro estavam corretas nos mínimos detalhes.
A "harmaline" foi posteriormente importada pela Europa, onde pesquisadores do Instituto Pasteur, da França, realizaram experiências alucinógenas com ela. Eles relataram que os pacientes entraram em transe mediúnico tão profundo, depois de ingeri-la, que resolveram mudar o nome da droga para "telepathine".

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Alvo: Tunguska

Pouco depois do nascer do sol no dia 30 de junho de 1908, alguma coisa vinda do espaço caiu sobre a região central da Sibéria, na União Soviética. A erupção que provocou, detectada em sismógrafos localizados em pontos tão distantes quanto os EUA e a Europa central, foi uma das maiores explosões que o mundo já conheceu. Durante algumas semanas após o acontecido, poeira e fragmentos atirados para o alto pela gigantesca conflagração coloriram céus e crepúsculos do globo terrestre. As bússolas foram afetadas no mundo inteiro no momento do impacto e cavalos chegaram a cair em cidades a milhares de quilômetros de distância do epicentro.
A área imediata, a região pedregosa da bacia do rio Tunguska, foi quase que totalmente devastada. Muitos hectares de terras permanentemente transformaram-se instantaneamente em um rio caudaloso. Árvores foram arrancadas em uma área de 40 quilômetros e seus troncos ficaram sem galhos e até mesmo sem a casca. A floresta pegou fogo. Bandos de animais e alguns povoados isolados foram bruscamente incinerados, sem qualquer possibilidade de fuga. Os caçadores Tungus, povo primitivo da região, ao voltarem para suas casas "encontraram apenas cadáveres calcinados". Naquela noite, na Europa, a noite não caiu. Em Londres, um jornal podia ser lido à meia-noite; na Holanda as pessoas podiam fotografar os navios que navegavam pelo Zuider Zee.
Devido à distância e à dificuldade de acesso a Tunguska, o primeiro cientista a chegar ao local da tragédia foi o dr. Leonid A. Kulik, de Petrogrado, especialista em meteoritos que liderou uma expedição ao local em 1927. Sessenta anos depois, a origem da gigantesca explosão de Tunguska é ainda motivo de polêmica.
Terá sido um cometa caprichoso? Uma diminuta massa de anti-matéria que atingiu e possivelmente passou através da Terra? Ou o gerador nuclear de uma espaçonave avariada, desviando para não atingir os centros altamente povoados da Terra? Cada teoria tem seus proponentes e seus problemas. Algumas testemunhas, entrevistadas por Kulik e por outros investigadores, relataram ter visto uma bola de fogo com uma longa cauda, imagem que pode tanto indicar um meteorito quanto um cometa. Mas se o objeto de Tunguska era realmente um meteorito, o que aconteceu com a cratera e, mais importante ainda, onde foi parar o meteorito? Os cientistas não encontraram nada. E, se foi um cometa, por que ele não foi visto mais cedo, quando de sua aproximação? Além disso, se considerarmos que os cometas são, em sua maioria, "bolas de neve" gasosas, de onde veio a imensa energia, estimada em trinta megatons?
Físicos especializados em partículas profetizaram há muito tempo a presença do que eles chamam de anti-matéria, imagens refletidas ou anti-partículas do próton, do nêutron, do elétron etc., mas com carga negativa. No entanto, a anti-matéria que conhecemos tem uma vida extremamente curta. Um pequeno corpo de anti-matéria, se entrasse em contato com a matéria normal, resultaria em uma súbita e tremenda liberação de energia. Infelizmente para a hipótese, ninguém espera encontrar pedaços de anti-matéria flutuando nesta parte do universo.
O evento de Tunguska poderia ter sido causado por uma nave espacial extraterrestre, porém as provas são inteiramente inconclusivas. Alguns pesquisadores soviéticos encontraram leituras anômalas de radioatividade no local devastado, outros não detectaram nada. Além disso, a espaçonave também precisaria se vaporizar completamente na explosão, porque não foram encontrados fragmentos metálicos fora do comum.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos


domingo, 17 de agosto de 2025

O Controle da Mente

Wolf Messing, que morreu em 1974, foi sem dúvida o mais famoso médium da União Soviética. Tornou-se conhecido pelas apresentações em teatros, durante as quais realizava comandos telepáticos sugeridos por pessoas da platéia. No entanto, aqueles que se tornaram seus amigos íntimos contavam histórias mais espetaculares, a maioria delas sobre o poder de controlar a mente de outra pessoa - mesmo a quilômetros de distância.
Uma dessas histórias foi narrada pelo dr. Alexander Lungin, cuja mãe foi secretária de Messing por vários anos. O caso ocorreu quando Lungin estava na Faculdade de Medicina de Moscou. Seu professor de anatomia, o catedrático Gravilov, antipatizara com ele desde o início e sempre o prevenia de que iria reprová-lo, mesmo levando em consideração a aplicação dele.
O dia do ajuste de contas veio quando Lungin precisou realizar os exames finais. Todo estudante precisava passar pela prova oral, aproximando-se da mesa onde estavam sentados vários examinadores. Um deles, então, começava com as perguntas.
Pouco antes da realização das provas, Gravilov disse a Lungin, com um sorriso diabólico nos lábios, que iria examiná-lo pessoalmente. Aterrorizado pela notícia, Lungin transmitiu seus temores à mãe, que telefonou para Messing e pediu-lhe que intercedesse. O médium, que morava a quilômetros de distância da escola, telefonou à sra. Lungin, confirmando que ajudaria seu filho.
Quando finalmente chegou a hora, Lungin caminhou em direção à banca examinadora, e Gravilov não disse uma palavra. Em vez disso, ele simplesmente limitou-se a ficar observando, enquanto Lungin era examinado por outro catedrático. O professor vingativo não fez nada, nem mesmo quando o outro examinador assinou a aprovação de Lungin.
Nem é preciso dizer que o estudante ficou feliz com esses eventos, porém o que aconteceu em seguida foi ainda mais estranho.
Lungin saiu da sala de aula e foi conversar com outros estudantes. O professor Gravilov saiu, alguns minutos mais tarde, para perguntar se ainda faltava alguém para fazer exame. Quando os alunos responderam que todos já haviam passado pela banca examinadora, ele olhou para o aluno que tanto desprezava.
- Lungin ainda não fez a prova - afirmou.
Quando os alunos explicaram que o colega já fizera o exame e fora aprovado, Gravilov ficou enraivecido.
- Como foi que ele passou? Não pode ser. Com quem fez o exame?
Quando o professor verificou os registros, ficou lívido e saiu dali às pressas. Lungin, de alguma forma, o derrotara - provavelmente com uma pequena ajuda de seu famoso amigo Messing.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Precioso Alimento dos Cavalos Espanhóis

Quando os conquistadores chegaram ao Peru, centro do grande império dos incas, os índios peruanos pensaram que os cavalos de batalha dos espanhóis fossem monstros ferozes e perigosos, completamente diferentes de seus dóceis lhamas, especialmente quando esses animais escavavam o solo, relinchavam e balançavam a cabeça.
Amedrontados, os peruanos perguntaram aos cavalarianos por meio de um intérprete:
- O que é que esses ferozes animais comem?
Os espanhóis sabiam o que responder. Apontando para as jóias e os ornamentos de ouro dos peruanos retrucaram:
- Eles comem essas coisas de metal amarelo. Estão com fome agora, mas não desejam ser vistos comendo. Deixem o alimento na frente deles e afastem-se daqui.
Nessa altura, os índios reuniram uma pilha de objetos de ouro, que os espanhóis colocaram no bolso. E então, chamando os índios de volta, disseram:
- Os ferozes animais ainda estão famintos. Tragam mais alimento.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O Gato que Voltou para Casa

A ciência está longe de entender o motivo pelo qual os animais voltam para casa. Orientação pela posição do Sol ou pelo campo magnético da Terra representa uma possibilidade. Contudo, que podemos dizer de animais perdidos que encontram o caminho de casa através de territórios desconhecidos? O caso de Sugar, o gato que voltou para casa, representa um mistério ainda não desvendado.
Sugar, um gato persa de cor amarela, era o orgulho e a alegria do casal Stacy Woods, de Anderson, Califórnia. Os dois decidiram mudar de casa em 1951, porém, como Sugar tinha medo de carros, eles, relutantemente, decidiram deixá-lo para trás com vizinhos. Dirigir o carro até a nova residência em uma fazenda de Oklahoma já seria suficientemente difícil, sem a necessidade de ter um gato medroso para cuidar. Os Woods rumaram para a cidade de Gage e, provavelmente, não voltaram a pensar no gato enquanto arrumavam a nova casa.
Um dia, catorze meses depois, a sra. Woods estava junto ao celeiro quando um gato pulou pela janela, caindo bem em seu ombro. Ela naturalmente ficou assustada e afastou o bichano. Mas, olhando mais atentamente, a sra. Woods viu que ele, sem dúvida, parecia-se com Sugar. Ela e o marido logo adotaram o felino e sempre comentavam a semelhança.
A despeito da coincidência, nem o marido nem a mulher acreditavam realmente que aquele gato fosse Sugar, até alguns dias mais tarde. O sr. Woods estava acariciando o pequeno animal, quando lhe notou o osso ilíaco deformado. Era exatamente este o defeito de Sugar. Quando, finalmente, entraram em contato com os antigos vizinhos na Califórnia, os Woods ficaram sabendo que o bichano desaparecera algumas semanas após a partida. Os vizinhos não quiseram contar nada ao casal sobre o sumiço do felino, temendo que eles pudessem ficar tristes com a notícia.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

O Caso Thompson-Gifford

O cenário era New Bedford, cidade costeira em Massachusetts, onde dois homens diferentes gostavam de fazer longos passeios exploratórios. O primeiro desses homens, artesão comum e pintor domingueiro, chamava-se Frederic Thompson; o outro era o internacionalmente aclamado pintor Robert Swain Gifford. Thompson gostava de caçar ao longo da costa e, em raras ocasiões, encontrava-se com Gifford, que adorava pintar as cenas sugeridas pela paisagem local.
A estranha odisséia paranormal de Thompson começou no verão de 1905, quando ele, de repente, sentiu grande necessidade de pintar e de fazer alguns esboços. A mente do artesão passou a ser continuamente invadida por cenas de paisagens, e ele chegou mesmo a pensar que parte de sua personalidade pudesse estar, de alguma forma, ligada a Gifford. Thompson não sabia que o famoso pintor morrera, e foi somente algum tempo mais tarde, quando estava trabalhando em Nova York, que descobriu esse fato. Caminhando por uma rua, durante o horário do almoço, Thompson descobriu a galeria de arte onde os quadros do falecido R. Swain Gifford estavam em exposição. O choque foi tão grande que ele desmaiou. A última coisa de que se lembrava, antes dessa rápida perda de sentido, foi uma voz, que dizia:
- Você está vendo minha obra. Prossiga com o trabalho.
Ao final do ano, a personalidade de Thompson começou a se desintegrar, e o artesão não conseguia mais trabalhar direito. Ainda se sentia compelido a pintar e a desenhar esboços, e os resultados, de modo geral, eram cópia fiel do estilo de Gifford. Finalmente, ele procurou o professor James H. Hyslop, que, na ocasião, estava à frente da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, em Nova York.
Hyslop, bem treinado na psicologia de seu tempo, não ficou impressionado com a história de Thompson. Ele achou que aquele homem estava, provavelmente, se candidatando a ter um colapso nervoso. Mesmo assim, o professor sentiu que valeria a pena fazer uma pequena experiência. Como estava para visitar um médium logo depois da entrevista, Hyslop decidiu levar Thompson. Talvez, imaginou, o médium pudesse ajudar a diagnosticar os problemas do artesão. A sessão acabou sendo produtiva, pois o médium sentiu, imediatamente, que havia um pintor no recinto, e chegou até a descrever a paisagem que estivera perturbando a mente de Thompson.
O mistério aprofundou-se ainda mais em julho de 1907, quando Thompson deu a Hyslop uma série de esboços que mostravam duas cenas diferentes: um grupo de cinco árvores isoladas e dois carvalhos retorcidos pelo tempo, em um contorno costeiro selvagem.
Desejando investigar o caso por conta própria, Thompson foi visitar a viúva de Gifford em Nonquitt, pequena cidade no Estado de Massachusetts. Ali descobriu que o esboço das cinco árvores combinava perfeitamente com o quadro inacabado de propriedade da sra. Gifford. Seu marido estivera trabalhando naquele quadro pouco antes de morrer. No mês de outubro daquele mesmo ano, Thompson descobriu a cena que inspirara o esboço dos dois carvalhos retorcidos e da paisagem costeira no litoral de New Bedford.
Hyslop publicou o estudo do caso nos Processos da Sociedade Americana de Pesquisas Psíquicas, em 1909. O próprio Thompson tornou-se, posteriormente, pintor de sucesso, expondo trabalhos durante quase duas décadas nas mais famosas galerias de arte de Nova York.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 9 de agosto de 2025

A Casa que Sangra

Os investigadores da divisão de homicídios da polícia de Atlanta estão acostumados com sangue. É uma coisa que eles investigam, juntamente com corpos de pessoas que são mortas com armas de fogo, armas brancas e que são até mesmo espancadas. Mas eles não estavam preparados para a visão de sangue sem corpo, especialmente sangue saindo das paredes e empoçando no chão da casa de um casal de velhos da Geórgia, William Winston, 75 anos, e sua mulher Minnie, 77 anos.
Minnie Winston notou pela primeira vez sangue brotando do chão do banheiro "como um irrigador de aspersão" em setembro de 1987, quando foi tomar banho em sua casa de três dormitórios, construída havia 22 anos. O casal telefonou para a polícia pouco depois da meia-noite do dia 9, quando os dois encontraram mais sangue jorrando de paredes e assoalhos em cinco cômodos separados.
- Não estou sangrando - declarou Willian Winston. - Minha mulher não está sangrando. E não há mais ninguém aqui.
Winston fora deitar-se por volta das 21h30, depois de trancar as portas e ligar o sistema do alarme de segurança. Nem ele nem sua mulher ouviram ruídos estranhos, e o alarme não foi disparado.
Steve Cartwright, investigador da divisão de homicídios da polícia de Atlanta, admitiu que os policiais encontraram "uma grande quantidade de sangue" espalhada por toda a casa, mas não encontraram nenhum cadáver, quer de animal quer de ser humano, de onde aquele sangue poderia ter saído. O Laboratório de Criminalística do Estado da Georgia confirmou no dia seguinte tratar-se de sangue humano. Cal Jackson, porta voz da polícia de Atlanta, declarou que o departamento estava tratando o incidente "como uma circunstância incomum, não temos um corpo nem um motivo para o sangue".

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Idiomas Reencarnados

O que aconteceria se você hipnotizasse alguém e essa pessoa começasse a falar um idioma antigo? Foi o que aconteceu com o dr. Joel Whitton, conhecido psiquiatra canadense e cético explorador da questão da reencarnação.
Desde o famoso caso de Bridey Murphy nos anos 50, os psicólogos contemporâneos têm tentado fazer com que seus pacientes regridam a suas vidas anteriores. Poucos deles conseguiram descobrir alguma coisa de interesse, mas isso não impediu que Whitton também tentasse. O principal cliente do psiquiatra era um psicólogo profissional, que, durante o trabalho hipnótico em conjunto, começava a lembrar e a ouvir idiomas estrangeiros que ele, aparentemente, falara durante duas vidas anteriores. O que gradativamente emergiu foram lembranças de uma existência viking, aproximadamente do ano 1000, e uma encarnação ainda mais antiga na Mesopotâmia.
Ao relatar o caso perante a Toronto Society for Psychical Research, uma sociedade canadense de pesquisas de fenômenos psíquicos e mediúnicos, Whitton afirmou que o paciente recordara perfeitamente 22 palavras de norsk, idioma precursor do moderno islandês e língua usada pelos antigos vikings. Muitas dessas palavras, inclusive algumas relativas a temas do mar, foram identificadas e traduzidas por dois especialistas versados em norsk.
O homem pesquisado por Whitton, cuja identidade não foi revelada, nunca falou nada no idioma mesopotâmico do século 7, porém chegou a escrever algumas palavras isoladas que se parecem com sassanid pahlavi, uma língua morta falada na Pérsia, entre os séculos 3 e 7.
Whitton não afirma com certeza absoluta que esse caso possa provar a existência da reencarnação. Concorda ser possível, mas não provável, que seu paciente tenha aprendido as palavras de alguma fonte normal.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Emissões Elétricas do Cérebro

Hans Berger é lembrado nos dias de hoje como o pai da encefalografia, estudo científico das ondas cerebrais. No entanto, pouca gente sabe que o interesse de Berger pelas emissões elétricas do cérebro surgiu do desejo de explicar a percepção extra-sensorial.
A curiosidade do cientista pelos fenômenos paranormais originou-se de uma experiência por que ele passou quando contava 19 anos. Berger, na ocasião servindo o Exército e participando de alguns exercícios militares em Würzberg, Alemanha, andava a cavalo quando o animal caiu. Ele quase foi esmagado pelas rodas de uma carroça, mas os cavalos pararam a tempo.
Naquela mesma noite, Berger recebeu um telegrama do pai perguntando se estava tudo bem com ele. Foi a única ocasião em que o jovem recebeu uma mensagem demonstrando preocupação. Posteriormente, ficou sabendo o motivo da comunicação. No momento exato da queda, a irmã mais velha tivera súbito pressentimento de que algo estava errado com o irmão e insistira para que os pais enviassem o telegrama.
- O incidente foi exemplo claro da transmissão espontânea do pensamento - declarou Berger. - No momento do perigo, atuei como um tipo de transmissor, e minha irmã transformou-se em um receptor.
Berger aprofundou-se no estudo do cérebro, com a esperança de encontrar explicação física para a telepatia. Não conseguiu, porém sua pesquisa ajudou os cientistas a entenderem melhor os ritmos elétricos do cérebro.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 3 de agosto de 2025

O Pássaro Gigante

Às 20h10 do dia 25 de julho de 1977, Marlon Lowe, menino de 10 anos de Lawndale, Illinois, teve uma experiência que a ciência considera impossível: ele foi levantado do chão e transportado pelo ar por um pássaro imenso.
O primeiro habitante de Lawndale a perceber alguma coisa estranha no ar foi um homem chamado Cox, que viu dois grandes pássaros semelhantes a condores vindos do sudoeste. Naquele momento, Marlon estava correndo com alguns amigos, sem perceber que logo atrás dele dois pássaros gigantes, diferentes de qualquer espécie existente no Estado de Illinois, voavam a cerca de 2,50 metros de altura do solo. O menino ainda estava correndo, quando um deles o agarrou e transportou-o pelo ar.
Sua mãe, Ruth Lowe, viu tudo e gritou aterrorizada, correndo atrás dos pássaros. Depois de carregá-lo por uns 100 metros, a criatura soltou Marlon, que caiu, mas não se machucou. Os dois pássaros voaram em direção ao nordeste. No total, seis pessoas testemunharam o incrível evento.
A sra. Lowe declarou que os pássaros pareciam enormes condores, com bico de 15 centímetros e pescoço de 45 centímetros, e um anel branco no meio do pescoço. Com exceção do anel, os pássaros eram pretos. Cada asa tinha, pela estimativa mais conservadora, 1,20 metro de comprimento.
Mesmo com seis testemunhas, a história era tão incrível que, embora atraísse divulgação em âmbito nacional, ninguém acreditou nela, e a família Lowe viu-se sujeita a uma perseguição odiosa. O guarda-florestal local chamou a sra. Lowe de mentirosa. Pessoas desconhecidas começaram a deixar pássaros mortos junto à porta da casa deles. Os adolescentes locais passaram a perturbar Marlon, chamando-o de "Bird Boy" (Menino Pássaro).
A tensão do ataque original e de suas conseqüências foi tal que os cabelos de Marlon, antes ruivos, tornaram-se grisalhos. Durante mais de um ano, depois do incidente, ele se recusou a sair de casa à noite.
Dois anos mais tarde, recordando aquele episódio, a sra. Lowe contou aos investigadores Loren e Jerry Coleman:
- Nunca esquecerei como aquela coisa enorme curvou o pescoço com o anel branco e pareceu bicar meu filho, enquanto o levava para longe de mim. Eu estava junto à porta, e tudo o que vi foram os pés de Marlon balançando no ar. Não existem pássaros por aqui que pudessem tê-lo levantado daquele jeito.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Mistérios por explicar - A cidade subaquática de Yonaguni


As formações de casas geminadas foram encontradas perto da ilha de Yonaguni (Japão) por mergulhadores em 1986. As ruínas submarinas são tão grandes que têm o tamanho de um edifício de cinco andares. Ao seu lado foram encontrados alguns artefatos, que demonstram que os humanos viveram ali.

Apesar disso, os cientistas ainda estão discutindo a origem das pirâmides. Se assumimos que foram feitas pelo homem, devem pertencer a civilizações pré-glaciais.

Mistérios por explicar - Rio a ferver


Quando criança, Andrés Ruzo sempre ouvia seu avô falar da lenda do rio que literalmente "fervia" seus inimigos em suas águas. Ele sonhava em encontrar esse rio.

O menino cresceu e se tornou um geólogo, contratou um xamã como guia e, em 2011, encontrou esse rio na Amazónia peruana. A temperatura da água era de cerca de 86°C. O estranho sobre essa situação é que o vulcão mais próximo está localizado a 700 quilómetros de distância. 

Mistérios por explicar - Andrew Carlssin


Em 2003, o FBI prendeu Andrew Carlssin, acusado de fraude na Bolsa de Valores de Nova York. Com apenas 800 dólares no mercado de ações, ele ganhou 350 milhões de dólares por meio de 126 negócios arriscados.

Depois de ser preso, Andrew disse que tinha recebido a informação do futuro. Segundo ele, havia vindo em uma máquina do tempo do ano 2256, embora não quisesse especificar sua localização. Algum tempo depois, alguém pagou a fiança de 1 milhão de dólares e ele simplesmente desapareceu.

Mistérios por explicar - Epidemia da dança


Julho de 1518. Estrasburgo, França. Uma mulher chamada Troffea começou a dançar. Sua dança durou dia e noite. Você poderia achar que a senhora estava louca, mas uma semana depois outras 34 pessoas começaram a dançar a seu lado. Em um mês, o número de dançarinos aumentou para 400. Como a senhora Troffea, eles não paravam. Muitos morreram de exaustão, ataques cardíacos ou derrames.

Esse fenómeno não possui explicação científica. Nenhuma teoria conseguiu explicar a resistência das pessoas que conseguiam dançar durante dias sem parar.

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Mistérios por explicar - Estrada de Bimini



Na década de 1930, o paranormal americano Edgar Cayce afirmou que em 1968 ou 1969 as ruínas da cidade perdida da Atlântida seriam encontradas em Bimini, nas Bahamas.

Em setembro de 1968, no mar perto do Paradise Point, no norte de Bimini, foram encontrados 700 metros de blocos de pedra calcária, cuidadosamente colocados. A cadeia de blocos agora é chamada de "Estrada Bimini".

Alguns acreditam que esses são restos da civilização. Outros, que é apenas o resultado do aprofundamento do fundo do mar ou simplesmente sedimentos.

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