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terça-feira, 25 de julho de 2023

Famílias: Direitos Humanos e Saúde Sexual e Reprodutiva


Caderno do Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar - Ensino Secundário


Caderno do Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar - 3º Ciclo


A Educação Sexual no Contexto da Formação Profissional


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Educação Sexual - Casos para debater


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Sexualidade e Juventude


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Manual de Questões de Sexualidade


A Sexualidade Humana II

Folheto APF - A Primeira Vez

Folheto APF - O que é o HPV?

domingo, 9 de abril de 2023

2º ciclo | Área 1: O Corpo Sexuado Tema 3 : Mudanças pubertárias

Justificação

A adolescência começa com o início da puberdade que consiste numa série de modificações biológicas, sociais e psicológicas.

Uma dos mais importantes modificações é o crescimento e a entrada em funcionamento dos órgãos sexuais (caracteres sexuais primários). Também se observam outras transformações, como por exemplo, o crescimento da barba e dos seios (caracteres sexuais secundários).

A idade em que se iniciam as modificações pubertárias é variável, quer em relação aos sexos quer aos ritmos de desenvolvimento de cada indivíduo. As raparigas podem tornar-se púberes a partir dos 9/10 anos (1° menstruação — menarca) e os rapazes a partir dos 10/11 anos (possibilidade das 1° ejaculações).

Nesta fase de desenvolvimento os interesses são variados e incluem temas relacionados com a sexualidade, associados mais ao "querer saber tudo"do que com as suas vivências pessoais nessa área.

A aproximação a um corpo "adulto" faz surgir sentimentos diversificados, principalmente de vergonha, timidez, pudor e ansiedade e, também, aumento do desejo sexual e das sensações eróticas. O desejo sexual, nestas idades, centra-se mais na exploração relacionada com a busca do prazer sexual o que inclui, por vezes, o comportamento de masturbação e as carícias mútuas. Os objectos de desejo relacionam-se, frequentemente, com pessoas famosas "ídolos" ou com pessoas que conhecem e que são percepcionadas como "modelos ideais".

Nestas idades as relações pessoais entre os sexos assumem um carácter ambivalente, ou seja, se por um lado se verifica a tendência de constituir "grupos sexistas" (só com rapazes ou só com raparigas) por outro lado são frequentes os "jogos" de provocação e sedução entre os sexos (apalpões, beijos roubados, paixões escondidas, ...).

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

A puberdade, como um dos períodos significativos do desenvolvimento humano;

As mudanças da puberdade: biológicas, sociais e psicológicas; - os caracteres sexuais primários e secundários.

Os comportamentos sexuais: masturbação, carícias mútuas, fantasias sexuais, ...

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Respeitar-se a si e aos outros relativamente aos ritmos de desenvolvimento;

Demonstrar tolerância e compreensão perante a diversidade humana;

Partilhar as suas questões e dúvidas pubertárias de forma afirmativa.


Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Identificar as mudanças pubertárias: no corpo, nas relações pessoais entre os sexos e a nível do desejo sexual e das sensações eróticas;

Distinguir os caracteres sexuais primários e secundários dos dois sexos;

Reflectir de forma crítica sobre a natureza sexista do grupo de pares.

Conteúdos mínimos

Puberdade como um importante período do desenvolvimento humano marcado pela maturação do sistema reprodutor e pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais.

Modificações que se começam a processar e que podem gerar ansiedade nos adolescentes decorrente ou da desadaptação às normas e padrões dos seus pares e/ou da forma desordenada como ocorrem as mudanças pubertárias e/ou por se sentirem intimidados e inseguros.

Ritmos de desenvolvimento diferenciados e vivência das mudanças de forma diversa.

Bibliografia

FRADE, Alice [et al.]. Educação Sexual na Escola. 2ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 1996.

LÓPEZ, Félix; FUERTES, António. Para comprender a sexualidade. Lisboa: Edição APF, 1999.

SANDERS, P. e SWINDEN, L. Para me conhecer, para te conhecer. Lisboa: APF, 1995

2º ciclo | Área 1: O Corpo Sexuado - Tema 2 : Concepção, gravidez e parto

Justificação

A concepção humana decorre da união do óvulo com o espermatozóide, aquando de uma relação sexual, dando origem a uma nova célula, a um novo ser que permanecerá, na generalidade das situações nove meses na barriga da mãe, através do qual será alimentado e protegido até ao nascimento.

Durante a relação sexual uma quantidade de espermatozóides, através da ejaculação, são depositados na vagina e só alguns conseguirão entrar no útero da mulher e chegar à Trompa de Falópio onde se encontra o óvulo. Só um conseguirá atravessar a membrana que circunda o óvulo e realizar a fecundação. O zigoto que resulte dessa união desloca-se até ao útero, em cujas paredes, especialmente preparadas para o efeito, se aninhará. Quando isto acontece a mulher fica grávida.

O zigoto contém todas as características genéticas do pai e da mãe. Todas estas informações estão presentes em cada célula humana, incluindo as sexuais, e são denominadas cromossomas.

Após a instalação da "nova" célula no útero começam a ocorrer modificações no corpo da mulher, designadamente falta de menstruação, alteração nos seios e, por vezes, vómitos.

Os bebés ficam, em média, 38 a 40 semanas na barriga das mães recebendo alimentação e oxigénio através do sangue materno, por intermédio da placenta. O bebé fica ligado à placenta por meio do cordão umbilical.

Ao fim de 9 meses o bebé está preparado para nascer e começam as contracções que vão empurrando o bebé, em direcção à vagina, o que se denomina "trabalho de parto". Nesse momento a mãe também faz força ajudando a empurrá-lo até todo o corpo sair. A seguir é cortado o cordão umbilical e o bebé chora, o que o ajuda a encher os pulmões de ar e libertá-los dos restos do líquido amniótico.

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

A concepção: fecundação, zigoto, cromossomas, ...;

A gravidez: tempo médio de gestação, placenta, cordão umbilical, ...;

O parto: contracções, "trabalho de parto", líquido amniótico,...

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Compreender que podem existir formas diferentes de sermos concebidos e de nascermos;

Respeitar os outros relativamente às sua histórias individuais desde o nascimento;

Reconhecer que existem diferenças no desenvolvimento fetal com repercussões após o nascimento.

Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Compreender a concepção humana;

Identificar os diferentes aspectos que se relacionam com o processo da gravidez;

Entender alguns aspectos relacionados com o parto.

Conteúdos mínimos

Concepção: união do óvulo com o espermatozóide

Fecundação: perfuração da membrana do óvulo por um espermatozóide na Treompa de Falópio

Parto: "Trabalho de parto", contracções, choro...

Bibliografia

FRADE, Alice [et al.]. Educação Sexual na Escola. 2ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 1996.

HARRIS, R.H. Vamos falar de sexo. Lisboa: Terramar, 1994

LÓPEZ, Félix; FUERTES, António. Para comprender a sexualidade. Lisboa: Edição APF, 1999.

2º ciclo | Área 1: O Corpo Sexuado - Tema 1


Justificação

Uma das principais diferenças anatómicas e fisiológicas no corpo do homem e da mulher prende-se com a constituição dos órgãos sexuais internos e externos.

Na puberdade, o cérebro começa a enviar elevadas concentrações de hormonas para a glândula pituitária fazendo com que esta liberte dois tipos de hormonas em maior quantidade, sendo estas responsáveis pelo desenvolvimento dos óvulos nos ovários das raparigas (ovulação) e pela produção de células sexuais masculinas (espermatozóides) nos testículos dos rapazes.

As principais hormonas sexuais são a testoterona para os rapazes, que estimula a produção de espermatozóides, e os estrogéneos e a progesterona para as raparigas, que desencadeiam a activação dos ovários e a produção de óvulos. Estas hormonas também são responsáveis pelo aparecimento dos caracteres secundários de ambos os sexos.

Alguns órgãos genitais masculinos como o pénis e os testículos encontram-se externamente. Nas raparigas, os órgãos genitais externos são constituídos pelos lábios vaginais, o clítoris e os orifícios da uretra e da vagina.

A maioria dos rapazes e das raparigas consideram a ejaculação e a menstruação como as mudanças mais importantes da puberdade.

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

As semelhanças e diferenças anatómicas e fisiológicas entre rapazes e raparigas

Os órgãos genitais externos masculinos e femininos

As hormonas e as células sexuais masculinas e femininas

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Compreender que existem diferenças entre os sexos

Aceitar as características anatómicas e fisiológicas do seu sexo

Respeitar os outros relativamente às suas diferencças anatómicas e fisiológicas

Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Identificar as diferenças anatómicas e fisiológicas entre sexos

Distinguir os diferentes órgão genitais externos de raparigas e rapazes

Reconhecer o papel das hormonas e células sexuais no desenvolvimento pubertário


Conteúdos mínimos

Diferenças anatómicas e fisiológicas nos órgãos sexuais de rapazes e raparigas

Constituição dos órgãos genitais externos masculinos e femininos

Existência de células e hormonas sexuais masculinas e femininas

Bibliografia

HARRIS, R.H. Vamos falar de sexo. Lisboa: Terramar, 1994

LOPÉZ, F. e FUERTES, A. Para compreender a sexualidade. Lisboa: APF, 1999

REIS, Isabel [et al.]. A Sexualidade. Lisboa: Impala, 2003

Sexualidade: Desenvolvimento Sexual. Portal da Saúde Sexual e Reprodutiva www.apf.pt