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sábado, 7 de maio de 2022

Alcoolismo - Causas

O alcoolismo é influenciado por fatores genéticos, psicológicos, sociais e ambientais que afetam a resposta e o comportamento do organismo face a este tipo de bebidas. O processo de dependência ocorre de um modo gradual. O álcool, ao longo do tempo, vai alterando o normal equilíbrio entre as substâncias químicas que existem no cérebro associadas com a sensação de prazer, capacidade de avaliação e controlo do corpo. Esse facto faz com que se consuma para recuperar as boas sensações ou para afastar as negativas.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento do alcoolismo:

-Consumo regular ao longo do tempo, que vai gerando uma dependência física.

-Idade: quanto mais cedo se inicia, maior o risco de desenvolvimento de dependência.

-História familiar: o risco é mais elevado quando existem familiares próximos alcoólicos.

-Depressão e outros problemas mentais, como a ansiedade ou doença bipolar.

-Fatores sociais e culturais: ter amigos ou pessoas próximas que bebem regularmente aumenta o risco da sua ingestão e de dependência. As mensagens que os media veiculam da associação entre o seu consumo e o status social podem ser um fator importante em alguns casos.

-Mistura de medicamentos e álcool: alguns fármacos interagem com o álcool, o que pode aumentar ou diminuir os efeitos terapêuticos.

Alcoolismo - Sintomas

Os sintomas do alcoolismo são muito diversos e passam pela incapacidade de reduzir o consumo de álcool, pela sensação de uma enorme necessidade de o consumir, desenvolvimento da sua tolerância, que obriga a uma maior ingestão para se obter o mesmo efeito, beber em isolamento ou às escondidas, sensação física de abstinência (náuseas, suores, tremores), lapsos de memória, criação de rituais, consumindo-o em horários definidos com sensação de frustração se tal não é possível, irritabilidade, para se sentir bem ou para se sentir ”normal”, para lidar com problemas legais, financeiros, pessoais e profissionais, acompanhados de perda de interesse noutras atividades que costumam ser agradáveis.

O álcool provoca uma depressão do sistema nervoso, embora, em algumas pessoas, a reação inicial seja de estimulação. Reduz as inibições, afeta os pensamentos, as emoções e a capacidade de julgar e decidir. Interfere ainda na fala, na coordenação muscular e, em doses excessivas, pode induzir coma ou causar a morte. Por outro lado, a dependência do álcool associa-se, habitualmente, à dependência de outras substâncias.

Como consequência da perda de todas as capacidades referidas, aumenta o risco de acidentes de viação e domésticos, reduz o desempenho no trabalho e na escola e aumenta a probabilidade de se cometerem crimes violentos. Agrava ainda a possibilidade de complicações médicas como, doença hepática (hepatite, cirrose, cancro), problemas digestivos (gastrite, úlcera); má-absorção, pancreatite; problemas cardíacos (hipertensão arterial, enfarte do miocárdio, AVC); complicações nos doentes diabéticos; alterações na função sexual; dificuldades de visão; osteoporose; implicações neurológicas; diminuição das defesas; anomalias congénitas no caso de consumo durante a gravidez; e aumento de risco para várias formas de cancro.

Alcoolismo - O que é?

O conceito de alcoolismo abrange a globalidade dos problemas motivados pelo álcool, no indivíduo, nos planos físico e psíquico, nas perturbações da vida familiar, profissional e social, e também nas suas implicações económicas, legais e morais.

Em Portugal, apesar dos últimos dados disponíveis indicarem um ligeiro decréscimo a nível nacional, a sua ingestão, per capita, mantém-se bastante elevada. Por outro lado, tem-se verificado um consumo crescente entre jovens e mulheres e alterações significativas que agravam as situações de risco. Este tópico tem sido tema recorrente nos meios de comunicação e tem determinado alterações na legislação de modo a tentar controlar este problema.

Portugal surge de forma sistemática entre os maiores consumidores de bebidas alcoólicas a nível europeu e mundial. Num estudo recente, encontraram-se estimativas em maiores de 15 anos para o país, de 58 mil doentes alcoólicos (síndrome de dependência de álcool), isto é, cerca de 7% da população, e 750 mil bebedores excessivos (síndrome de abuso de álcool), o que equivale a 9,4% do universo nacional.

Na população escolar portuguesa, estima-se que a prevalência de problemas ligados ao álcool se situem entre os 10% e os 20%, em alunos universitários. No que se refere ao ensino secundário, com idade média de 16 anos, entre 18% e 20% ter-se-ão embriagado pelo menos uma vez. Calcula-se ainda que o seu consumo excessivo ocorra em cerca de 10% das mulheres e 20% dos homens. Sabe-se também que está relacionado com 50% dos casos de morte em acidentes de automóvel, 50% dos homicídios e 25% dos suicídios.

O álcool é atualmente, em Portugal, uma droga legal e comercializada, fazendo parte dos hábitos alimentares de uma larga maioria da população. Para além disso aparece muitas vezes associado a inúmeras formas de relacionamento, tanto privado como público, de natureza ritual, comemorativa, recreativa, fazendo parte do estilo de vida ou mesmo da identidade de muitos grupos sociais.

Acupuntura Médica - Factos e Curiosidades

A acupuntura tem como objetivo a recuperação do organismo como um todo, pela indução de processos regenerativos, normalização das funções alteradas, reforço do sistema imunológico e controlo de dor.

É uma técnica milenar, mostrando benefícios em indivíduos com problemas gastrointestinais, respiratórios, musculares, urológicos, endocrinológicos, psicológicos, neurológicos, ginecológicos, dermatológicos, na diminuição da tensão emocional, desmame tabágico e de fármacos com ação psicoativa.

Função anti-inflamatória e analgésica da acupuntura

Experiências com ratos demonstraram que a acupuntura pode até triplicar os efeitos de um composto natural conhecido pelas suas funções anti-inflamatórias e analgésicas.

Investigadores da Universidade de Rochester nos EUA observaram que os tecidos próximos das agulhas tinham até 24 vezes mais adenosina, sugerindo que a impercetível perfuração da pele possa acionar tanto a acumulação da substância em tecidos mais externos da pele, como também a sinalização ao cérebro para criar endorfinas contra a dor e neurotransmissores e hormonas naturais ambos com ação reguladora.

Técnicas de estimulação na acupuntura

De acordo com os Orientais, os meridianos energéticos que atravessam o corpo são afetados por energias "perversas", que afetam o organismo de forma geral. Apesar de parecer misticismo, a própria tradição ocidental considera que ventos, bactérias, vírus, lesões, traumas, ansiedades, frio ou calor constituam boa parte das energias "perversas".

A estimulação de pontos de acupuntura pode ser feita pelos dedos (acupressão), laser e outras técnicas. O importante é que os fluxos energéticos sejam retomados e a energia do corpo equilibrada.

Também são utilizadas outras técnicas, sendo as mais conhecidas a moxibustão (aplicação de calor sobre determinados pontos ou meridianos), a auriculoterapia e a eletroacupuntura.

O sentido das agulhas, o tempo e a forma de estimulação podem variar conforme o tratamento. É costume utilizar um "guia" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo plástico descartável dentro do qual se encontra a agulha. A leve pressão da ponta do "guia" sobre a pele ajuda a reduzir a sensação da entrada da agulha, mas os acupuntores experientes muitas vezes optam por inserir a agulha, com um movimento rápido sem o guia até a profundidade indicada.

Acupuntura Médica - A quem se destina?

A acupuntura pode ser utilizada como alternativa a alguns tratamentos ou quando estão contraindicados fármacos, como na gravidez (utilização de apenas alguns pontos), estados de alergias, insuficiência renal e cardíaca.

A acupuntura e a acupressão podem ser utilizadas em qualquer idade nomeadamente em Pediatria.

A acupuntura é menos eficaz em doentes a tomar alguns medicamentos sendo por isso necessário desmedicalizar numa fase inicial antes de iniciar o tratamento.

Acupuntura Médica - Mais valia

Qual a mais valia em procurar um médico com competência em Acupuntura Médica?

O médico é o único profissional que possui os conhecimentos científicos como por exemplo de anatomia, fisiologia, bioquímica, patologia, para efetuar os diagnósticos corretos, podendo solicitar e interpretar exames complementares. Tem a capacidade de aconselhar a terapêutica mais indicada para cada situação clínica, que poderá ser a acupuntura ou não e tratar as complicações que podem surgir.

Um dos problemas graves que podem ocorrer quando a acupuntura não é praticada por médicos é o atraso no diagnóstico e no tratamento de diversas patologias, que necessitam de outro tipo de tratamentos, e para os quais não está indicada a acupuntura, podendo criar-se riscos acrescidos. Cabe ao médico decidir que situações são suscetíveis de serem tratadas com acupuntura. Esta é uma técnica terapêutica que deve ser integrada e conjugada com terapêuticas convencionais, como medicamentos, cirurgia ou outro tipo de tratamentos e não deve ser entendida como uma medicina alternativa, mas sim complementar.

Em Portugal, a acupuntura médica é praticada por especialistas certificados (competência) pela Ordem dos Médicos.

Acupuntura Médica - O que é?

A Acupuntura médica é um método de diagnóstico e tratamento utilizado em algumas situações clínicas, que permite a correção de algumas alterações e uma melhoria do funcionamento orgânico global. Estas correções são efetuadas através de introdução de pequenas agulhas em determinados locais anatómicos, promovendo no organismo o restabelecimento da fisiologia através de efeitos locais, segmentares e supra segmentares.

A medicina ocidental, do ponto de vista científico, explica os efeitos da acupuntura através da estimulação e libertação de substâncias endógenas, endorfinas, neurotransmissores e hormonas que vão modelar o sistema nervoso central e autonómico, promovendo o equilíbrio do organismo sem a administração de qualquer substância química.

Após a anamnese, que consiste na colocação de diferentes questões relacionadas com aspetos da vida do paciente e observação clínica, chega-se a um diagnóstico e só então se procede ao tratamento. Este pode ser multimodal (utilizando uma ou diversas técnicas sinérgicas) e será iniciado de acordo com estratégia entretanto definida, para uma correta gestão do conjunto de contributos médicos e complementares.

A eficácia clínica da acupuntura, demonstrada em dezenas de estudos, levou o National Institutes of Health (NIH), o centro de investigação médica do governo norte-americano a reconhecer a acupuntura, originária da medicina tradicional chinesa, como uma poderosa aliada da medicina ocidental.

Na Europa nomeadamente na Alemanha, estudos envolvendo um grande número de doentes confirmaram a eficácia da acupuntura no tratamento de patologias músculo-esqueléticas, como artrose da anca e do joelho, lombalgia, dor crónica do ombro e em outras situações como cefaleia de tensão e dismenorreia (dor menstrual).

A acupuntura é também recomendada no tratamento ou alívio de sintomas funcionais orgânicos como por exemplo soluços intratáveis, nas náuseas e vómitos de diversos tipos, incluindo da gravidez e da quimioterapia.

A Organização Mundial de Saúde apresenta uma lista de diversas indicações.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Acromegalia - Prevenção

A acromegalia não pode ser prevenida. O diagnóstico e o tratamento precoces são a maneira mais eficaz de a tratar ou gerir.

Acromegalia - Tratamento

Depende da localização do adenoma, da idade da pessoa e de outras doenças concomitantes. O tratamento visa reduzir o excesso de produção hormonal e melhorar os sintomas.

A acromegalia por vezes pode ser tratada apenas com medicamentos; os fármacos mais utilizados incluem análogos da somatostatina, agonistas da dopamina e antagonistas do recetor da hormona do crescimento (visam parar a secreção ou a ação da hormona do crescimento). A cirurgia pode ser necessária para remover o tumor, o que interrompe a superprodução de hormona do crescimento e alivia a pressão no tecido circundante. Por vezes a cirurgia pode não estar indicada devido à localização de acesso difícil do tumor dentro do cérebro.

A radioterapia pode ser útil, como terapia isolada ou combinada com cirurgia, para remover as células tumorais; a radioterapia também pode ser usada em conjunto com medicamentos para reduzir os níveis de hormona do crescimento.

A combinação de tratamentos médicos e/ ou cirúrgicos em associação eventual com radioterapia pode estar indicado.

Acromegalia - Diagnóstico

Os sinais e sintomas aparecem lentamente podendo ser demorado o diagnóstico. No entanto, um sinal precoce de acromegalia pode ser o crescimento exagerado das mãos e dos pés, proeminência do queixo e da zona das sobrancelhas.

Existem análises que podem confirmar a presença desta patologia, como a análise do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1), uma hormona produzida no fígado, habitualmente elevada nas pessoas com acromegalia. Outras hormonas da hipófise podem igualmente ser medidas, bem como o teste oral de tolerância à glicose.

A ressonância magnética cerebral pode ser importante para determinar a localização e o tamanho do tumor.

Acromegalia - Causas

A superprodução da hormona do crescimento associado à acromegalia normalmente resulta de um tumor. O tipo mais comum é o adenoma da hipófise (ou glândula pituitária) uma neoplasia benigna que provoca a produção de hormona do crescimento em excesso. Estes tumores não são malignos no entanto, podem causar problemas devido ao seu tamanho e localização no tecido cerebral circundante, causando por exemplo dores de cabeça e problemas de visão.

Outras causas raras de acromegalia: tumor nos pulmões, glândulas suprarrenais ou pâncreas, implicando superprodução de GH.

Acromegalia - Sintomas

A acromegalia manifesta-se através do aumento das partes moles das mãos e dos pés (o que leva normalmente a que o doente se veja obrigado a aumentar, por exemplo, o número que calça). Outros sintomas são:

-alterações degenerativas articulares (artroses)

-síndrome do canal cárpico

-pele espessa e oleosa

-alterações da voz

-ressonar (roncopatia)

Além das alterações da força muscular, alterações ósseas e deformidades ósseas comuns, o impacto da doença difere entre homens e mulheres. Nas mulheres podem também surgir alterações do ciclo menstrual e nos homens podem manifestar-se alterações sexuais como impotência. Pensa-se que cerca de 17% da população possua pequenos adenomas hipofisários que geralmente não produzem excesso da hormona do crescimento nem causam sintomas.

Acromegalia - O que é?

 A acromegalia tem uma incidência de três novos casos por milhão de habitantes anualmente e resulta da produção excessiva de hormona do crescimento no adulto. Em 90% dos casos é causada por um adenoma da hipófise.

Abcesso pulmonar - Prevenção

O reconhecimento e tratamento precoce das infeções respiratórias são essenciais para prevenir a sua evolução para o abcesso pulmonar. Uma boa higiene oral é igualmente importante. Os doentes com perturbações gastroesofágicas devem ser instruídos de modo a evitar a aspiração do conteúdo gástrico, devendo dormir com a cabeceira elevada e não enchendo demasiado o estômago antes de dormir.

Abcesso pulmonar - Tratamento

 O principal problema no seu  tratamento é a presença crescente de resistências aos antibióticos. Face ao risco elevado de recorrência com regimes terapêuticos de menor duração, a medicação deve ter a duração média de quatro a seis semanas, devendo manter-se até haver resolução da imagem radiológica ou até à redução para uma lesão pequena e estável. Os antibióticos devem ser inicialmente administrados por via intravenosa e só depois por via oral. A intervenção cirúrgica é raramente necessária, limitando-se a casos de má resposta à terapêutica médica, neoplasias ou malformações congénitas.

Abcesso pulmonar - Diagnóstico

Para além da avaliação médica, deve ser realizado um estudo analítico pormenorizado, sendo o hemograma e os parâmetros inflamatórios essenciais. A colheita de expetoração deve ser realizada antes do início do tratamento com antibiótico, englobando o teste de sensibilidade a este. Já a colheita de sangue para cultura de agentes microbianos pode ter um papel importante na identificação da causa do quadro clínico. A radiografia é igualmente útil. A imagem radiográfica típica de um abcesso pulmonar é a de uma cavidade de contornos irregulares com um nível hidroaéreo no seu interior. Já a tomografia computorizada permite uma melhor definição anatómica das lesões. Para obtenção de material estéril pode ainda realizar-se a aspiração do conteúdo do abcesso por punção transtraqueal ou transtorácica com agulha, cultura do líquido pleural ou hemoculturas. Finalmente, a broncoscopia é feita quando se suspeita de obstrução brônquica por carcinoma ou inalação de corpo estranho.

Abcesso pulmonar - Causas

Resulta da passagem das bactérias da cavidade oral para o tecido pulmonar. Estes pacientes apresentam particular tendência para pneumonias de aspiração, tendo com frequência doença periodontal, nomeadamente gengivite. São as bactérias anaeróbias existentes na cavidade oral a sua causa mais frequente. Outros agentes infeciosos, aeróbios, podem também provocá-los, embora menos frequentes. São habitualmente infeções mais agressivas, associadas a pneumonia bacteriana, com necessidade de terapêutica urgente, surgindo a cavidade à medida que se desenvolve o processo de necrose do tecido pulmonar. Dentro destes incluem-se os Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, Haemophylus influenzae, Streptococcus (pneumonia), Klebsiella, entre outros. 

Os pacientes mais vulneráveis são os que apresentam doença dentária ou gengival, epilepsia ou alcoolismo, estando o risco relacionado com a maior possibilidade de aspiração de conteúdo da orofaringe, por alteração do estado de consciência. Dentro dos grupos de risco há a referir aqueles que têm alterações da junção gastroesofágica, das estruturais da faringe e do esófago, doença de refluxo, dificuldade de deglutição por lesão neurológica, obstrução brônquica por tumor ou corpo estranho, má higiene dentária e oral,  indivíduos com impossibilidade de proteção das vias aéreas, casos de coma com perda de conhecimento, anestesia geral ou sedação. Outras situações estão relacionados com embolizações sépticas para o pulmão, tendo como causa a existência de bacteriémia (presença de bactérias no sangue) ou endocardite da válvula tricúspide.

Abcesso pulmonar - Sintomas

O quadro clínico é variável, dependendo dos antecedentes do doente, da gravidade e extensão da patologia e do microrganismo implicado. Os pacientes com abcessos pulmonares por agentes bacterianos anaeróbios apresentam sintomas discretos que podem evoluir durante semanas ou meses, tendo habitualmente doença gengival associada. Estes sinais podem assemelhar-se aos da tuberculose pulmonar. Os principais indícios são febre ao final do dia, com temperatura axilar de 37° - 37,5°C, suores noturnos, tosse inicialmente seca e depois produtiva, dificuldade respiratória, dor torácica, perda de apetite e emagrecimento. A expetoração tem habitualmente cheiro fétido e causa um paladar desagradável. Podem surgir sangue na expetoração e pleurisia, em caso de rotura do abcesso para os brônquios ou para a cavidade pleural. A avaliação médica e a auscultação fornecem elementos importantes que permitem um melhor esclarecimento do quadro clínico.

As complicações resultam da rotura para o espaço pleural provocando empiema, fibrose pulmonar, pulmão encarcerado, insuficiência respiratória, fístula bronco-pleural ou cutâneo-pleural e disseminação da infeção pela corrente sanguínea. Nos doentes com empiema associado ao abcesso pulmonar, a sua drenagem com tratamento antibiótico prolongado é com frequência essencial.

Abcesso pulmonar - O que é?

São cavidades que se originam no pulmão, com acumulação de tecido pulmonar morto e líquido no seu interior. Como regra, um abcesso pulmonar corresponde a uma concavidade com um centímetro ou mais de diâmetro. São causados por bactérias e são mais frequentes no lado direito.

Antes da existência de antibióticos, o abcesso pulmonar era uma doença devastadora, com uma taxa de mortalidade de cerca de um terço. Esta situação evoluiu favoravelmente e, atualmente, quer a taxa de mortalidade quer o prognóstico são muito mais favoráveis, com cerca de 90% dos doentes curados mediante o recurso a tratamento médico.

A frequência dos abcessos pulmonares na população geral não é conhecida. Sabe-se que são mais comuns nos idosos, pela maior prevalência de doenças periodontais e maior risco de aspiração. Um dos principais fatores de risco parece relacionar-se com a imunodepressão e com a patologia obstrutiva brônquica, podendo nestes casos a mortalidade atingir taxas de 75%. Os abcessos pulmonares podem ser classificados com base na sua duração: com menos de quatro a seis semanas são considerados agudos, tendo os crónicos uma duração superior. Podem ser únicos ou múltiplos, primários e secundários, estando os primeiros relacionados com processos infeciosos, por aspiração ou pneumonia, e sendo os segundos causados por condições preexistentes, nomeadamente doença obstrutiva, bronquiectasias (dilatações dos brônquios) ou imunodepressão, entre outras causas.

quinta-feira, 4 de março de 2021

Posição de barco

O exercício que faz a posição de barco é inspirado na yoga e tem forte capacidade em definir os músculos abdominais. Nesse exercício o corpo fica em formato de "V" e apenas os glúteos tocam o chão.

Como fazer:

Deitar de barriga para cima;

Levantar o corpo do chão erguendo o peito, as pernas, os braços e a cabeça;

Manter as pernas retas e levar os braços para frente.

O recomendado é repetir esse exercício 3 vezes durante 30 segundos ou o máximo de tempo que conseguir. Além disso, é importante esperar 1 minuto entre cada série para o corpo se recuperar.